A ESPARRELA ANUNCIADA
Afaban Sorocaba e Região


ROBERTO DE MORAES - A correspondência enviada pelo Banesprev, informando que o Santander deixou claro ao Grupo de Trabalho sua condição de caráter estritamente consultivo, trouxe um novo ingrediente principalmente para os presentes na tumultuada Assembléia de 1º de agosto, que até hoje buscam entender todas as razões que levaram os contras a agir de maneira tão agressiva para encerrá-la a qualquer custo.

Naquela ocasião, o principal argumento dos contras era que o GT teria o condão de trazer as soluções para as causas banespianas e a Assembléia que se realizava, segundo eles, um ato insano.

Suspender a Assembléia por um GT incerto e não sabido não seria um bom negócio; foi o que entendeu a maioria dos presentes, até porque, com o plebiscito vitorioso, daríamos passos importantes na direção dos interesses dos assistidos.

No entanto, muitos colegas se deixaram levar de roldão pela torrente de informações e votaram pela suspensão daquela Assembléia e, hoje, devem estar perguntando a si mesmos, quais os interesses que recheavam aqueles atos.

A esparrela “inesperada” imposta pelo Santander ao GT, aliás, nem tão imprevisível, reduziu substancialmente o raio de atuação do Grupo e serve de lição, até que se aprenda que não podemos esperar grande coisa de um algoz que se especializou em protelar decisões, que conta com o tempo a seu favor, esperando, malvadamente, que se apague a última luz.

O GT nasceu rugindo como um leão, mas foi reduzido ao papel de cordeiro. Se seus ardorosos defensores sabiam da condição consultiva do Grupo e não anunciaram, não foram sinceros; se não previram tal situação, foram incompetentes. O que sobrou para o aposentado é que jogaram o plebiscito lá para frente, e os ganhos de sua realização continuarão encalhados.

Outra coisa que não ficou bem explicada é a longevidade do período estabelecido para realizar o plebiscito. Restou, ainda, a dúvida se o GT foi o pretexto que o Banco buscava para levar o plebiscito para até o longínquo mês de março; ou se foi o clímax de um acordo que sintetizou tamanha sintonia de interesses. Ninguém sabe.

Enquanto o tempo passa, essa névoa, que teima em não se dissipar, continua embaçando nossos pensamentos, porque sempre esteve transparente, como a mais cristalina das águas que, com o plebiscito, teríamos um pássaro na mão, enquanto o GT, de caráter estritamente consultivo, pelo menos até agora, acena com dois voando. (Roberto de Moraes é aposentado, associado da Afaban Sorocaba e reside em São Roque -SP)


(Fonte: Roberto Moraes - Associado da Afaban Sorocaba)




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