Santander registra lucro de R$ 4 bi no 1º trimestre
Afaban Sorocaba e Região
27.04.2022



Resultado obtido na unidade brasileira do banco representou 24,7% do lucro recorrente global


SÃO PAULO - Os números mostram que a crise dos anos de pandemia passou bem longe do Santander. De acordo com balanço divulgado nesta terça-feira (26), o banco registrou lucro líquido de R$ 3,946 bilhões no primeiro trimestre de 2022, representando crescimento de 40,1% quando comparado ao mesmo período do ano passado. O lucro gerencial foi de R$ 4,005 bilhões, com crescimento de 1,3% ante 2021.

O resultado obtido na unidade brasileira do banco representou 24,7% do lucro recorrente global, que foi de € 2,543 bilhões, este último, com alta de 58% em doze meses.

A margem financeira líquida da instituição foi de R$ 9,327 bilhões nos três primeiros meses do ano. O Retorno Ajustado sobre o Patrimônio Líquido Médio (ROAE), que indica a lucratividade dos bancos, alcançou 20,7% entre janeiro e março. A carteira de crédito bateu os R$ 455,2 bilhões neste período, com alta de 7,2%.

Já o índice de inadimplência acima de 90 dias subiu e atingiu 2,9% no primeiro trimestre, com alta de 0,2 ponto percentual na comparação com o ano passado. Provisões para devedores duvidosos subiram 45,9% em um ano, alcançando R$ 4,6 bilhões.

A VERDADE INDIGESTA POR TRÁS DO LUCRO - Enquanto o Santander voa em céu de brigadeiro mesmo com a crise econômica e social, segue desrespeitando seus funcionários e clientes. Ainda sob meses com registro de alta taxa de contágio da covid-19, decidiu convocar no início do ano seus bancários do grupo de risco para o trabalho presencial, inclusive mulheres grávidas. Além disso, promoveu demissões no período de crise sanitária e fechou agências: foram fechadas 332 agências e 100 PABs (postos de atendimentos bancários).

A holding encerrou o primeiro trimestre de 2022 com 49.090 empregados, com abertura de 4.284 postos de trabalho em doze meses – que não foram o suficiente para aplacar o problema da sobrecarga de trabalho.

A arrecadação com tarifas bancárias cresceu 4,9% neste primeiro trimestre, confirmando a regra de que o banco prefere cobrar altas tarifas de seus clientes enquanto precariza o atendimento. O movimento sindical reivindica o fim das demissões e a contratação de funcionários para que alivie o quadro de sobrecarga dos bancários nas agências.

“Este lucro é resultado de um trabalho massacrante que vem sendo desenvolvido pelos mais de 49 mil trabalhadores bancários e terceirizados, que são os que menos usufruem desse resultado, já que a massa salarial tem apresentado queda ao longo dos anos, por meio de contratações com salários mais baixos do que recebiam os demitidos”, enfatiza Lucimara Malaquias, dirigente da Afubesp e Sindicato dos Bancários de São Paulo.

Lucimara lembra ainda que as negociações para a renovação do acordo específico do Santander será iniciada em breve, cujo os dirigentes aguardam contrapartidas positivas aos bancários que constroem o lucro do banco no Brasil.


Fonte: Afubesp com informações do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região




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